terça-feira, 20 de outubro de 2009

o autor

Howard Barker

Dramaturgo e encenador britânico profundamente assistemático, a sua maturação afastou-o da sátira política que cultivou no início da década de 70 e cristalizou-se num esforço de reinvenção da tragédia. A sua obra ensaística e dramática aponta os fundamentos da prática artística que foi consolidando, o Teatro da Catástrofe. Numa postura de clara oposição e desafio em relação à estética dominante, que lhe custou o favor da imprensa, o interesse do público e, consequentemente, a disponibilidade de programadores e directores artísticos, Barker propõe um teatro que rejeita servir predicados políticos e morais, que recusa ser didáctico ou socialmente relevante e que dificilmente se presta a uma leitura colectiva unívoca. Defensores e detractores, ambos sabem reconhecer as estratégias formais que subjazem a este teatro da experiência individual: narrativa não-linear, discurso e sintaxe não-naturalistas, concatenação de personagens e períodos inconciliáveis, entre outras. Assumidamente elitista e assumidamente árduo, o teatro de Howard Barker é um teatro da primazia do actor e da linguagem.
Obras seleccionadas:

The Castle (1985)
The Possibilities (1986)
The Bite of the Night (1986)
The Europeans (1987)
Judith (1992)
Ursula (1998)
Und (1999)
Gertrude - The Cry (2002)
13 Objects and Summer School (2003)
Dead Hands (2004)
The Dying of Today (2008)

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